Em sequência do comentário da Ni no post anterior (que muito agradeço), gostaria de referir o que sinto em relação ao estado do nosso país.
Após meio século de ditadura e medo, a doce liberdade que foi conquistada quando eu tinha 10 anos é agora ameaçada de novo. Porquê?
Pela prepotência de sucessivos governos desumanizantes, pela inebriante globalização uniformizante, pela excessiva permissividade e desrespeito pelos outros, pela desresponsabilização dos criminosos e infractores, pela incapacidade de proteger os cidadãos e de se fazer justiça célere e pela incúria e indiferença de quase todos.
Um dos modos de manter os cidadãos submissos e controlados é nunca deixar que o seu nível de vida suba demasiado, nem que desça a níveis tão miseráveis que a maioria se revolte.
Mantendo-nos todos ocupados com o nosso umbigo, com a nossa falta de dinheiro, com os nossos problemas em arranjar médico para nos tratar e com os problemas em educar crianças e protegê-las do mundo que nos rodeia, sem nos preocuparmos demasiado com o que se passa à nossa volta fora dos nossos 80 a 90 m2 de habitação, somos melhor controláveis e aqueles que realmente têm poder de decisão sobre as nossas vidas, continuam a fazê-lo impunemente, desde que tenham os bolsos cheios e mantenham os empregados a trabalhar por salários de miséria.
Estamos a caminhar novamente para um modelo que não chamo de ditatorial, porque pelo menos ainda temos eleições livres, mas opressivo, na medida em que os nossos pontos de vista são abafados ou "coloridos" de modo a parecerem menos intimidantes. Tudo aquilo que os trabalhadores têm conquistado desde o 25 de Abril para que sejam tratados como gente e não apenas como números numa estatística, está a ser novamente ameaçado com reformas ao Código do Trabalho que facilitam os despedimentos e a precaridade e não defendem nem apoiam em nada quem realmente trabalha.
Quase sempre temos de aceitar calados o que nos impõem e o que se passa à nossa volta, para termos oportunidade de trabalhar e não passar fome. Se não o fizermos, vamos para a rua com uma vida de trabalho e um chuto no rabo. "Há mais quem queira trabalhar" dizem estes senhores!
Isto é que eu gostava que mudasse: podermos dizer o que sentimos, sem medo de represálias dos nossos superiores, sabendo que, se tivermos razão, as nossas reivindicações serão atendidas e far-se-á justiça.
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