Quarta-feira, 30 de Abril de 2008

Frustração do dia - O 1º de Maio e um país de pseudo-liberdade...

Em sequência do comentário da Ni no post anterior (que muito agradeço), gostaria de referir o que sinto em relação ao estado do nosso país.

Após meio século de ditadura e medo, a doce liberdade que foi conquistada quando eu tinha 10 anos é agora ameaçada de novo. Porquê?

Pela prepotência de sucessivos governos desumanizantes, pela inebriante globalização uniformizante, pela excessiva permissividade e desrespeito pelos outros, pela desresponsabilização dos criminosos e infractores, pela incapacidade de proteger os cidadãos e de se fazer justiça célere e pela incúria e indiferença de quase todos.

 

Um dos modos de manter os cidadãos submissos e controlados é nunca deixar que o seu nível de vida suba demasiado, nem que desça a níveis tão miseráveis que a maioria se revolte.

Mantendo-nos todos ocupados com o nosso umbigo, com a nossa falta de dinheiro, com os nossos problemas em arranjar médico para nos tratar e com os problemas em educar crianças e protegê-las do mundo que nos rodeia, sem nos preocuparmos demasiado com o que se passa à nossa volta fora dos nossos 80 a 90 m2 de habitação, somos melhor controláveis e aqueles que realmente têm poder de decisão sobre as nossas vidas, continuam a fazê-lo impunemente, desde que tenham os bolsos cheios e mantenham os empregados a trabalhar por salários de miséria.

 

Estamos a caminhar novamente para um modelo que não chamo de ditatorial, porque pelo menos ainda temos eleições livres, mas opressivo, na medida em que os nossos pontos de vista são abafados ou "coloridos" de modo a parecerem menos intimidantes. Tudo aquilo que os trabalhadores têm conquistado desde o 25 de Abril para que sejam tratados como gente e não apenas como números numa estatística, está a ser novamente ameaçado com reformas ao Código do Trabalho que facilitam os despedimentos e a precaridade e não defendem nem apoiam em nada quem realmente trabalha.

 

Quase sempre temos de aceitar calados o que nos impõem e o que se passa à nossa volta, para termos oportunidade de trabalhar e não passar fome. Se não o fizermos, vamos para a rua com uma vida de trabalho e um chuto no rabo. "Há mais quem queira trabalhar" dizem estes senhores!

Isto é que eu gostava que mudasse: podermos dizer o que sentimos, sem medo de represálias dos nossos superiores, sabendo que, se tivermos razão, as nossas reivindicações serão atendidas e far-se-á justiça.

Estou a modos que...: ludibriada e revoltada

Domingo, dia 4, é o Dia da Mãe...

Sabe porque é que, hoje em dia, celebramos o Dia da Mãe? Pode saber no PITITI.

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Dia da Mãe - Recados e imagens

Frustração do dia - Recolha de alimentos do Banco Alimentar...

Solidariedade é uma palavra cada vez menos concretizada em actos, no mundo actual.
É sempre triste (chega a ser mesmo revoltante) ver a miséria que grassa por este país e não poder fazer nada para aliviá-la.

Eu nunca deito nada fora que possa ter utilidade para alguém. As roupas que não uso, ou deixaram de servir, dou-as a familiares e as que não lhes servem entrego a uma pessoa de família que as faz chegar a uma instituição ou à paróquia da zona. Tudo o que seja lixo que possa reciclar é reutilizado ou vai para os respectivos contentores. O planeta também agradecerá com um futuro climático melhor!

 

Quanto a ajudas pessoais, pontualmente já ofereci comida a pessoas que pediam no café. Não gosto de dar dinheiro a quem pede na rua, porque associados à miséria estão muitas vezes dependências como o alcoolismo e o consumo de drogas. Prefiro alimentar quem tem fome do que sustentar vícios e dependências.

No próximo fim-de-semana, temos mais uma campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, dias 3 e 4, com mais uma recolha de alimentos. Isto é algo em que todos podemos colaborar. Basta poder e querer. Quem tiver vocação, pode também ajudar com o seu voluntariado.
Pela minha parte, todos os anos contribuo com qualquer coisa, mas este ano não sei se vou poder. Há dois desempregados cá em casa e não sei quando vai haver trabalho de novo!

Só espero que dentro de pouco tempo não seja eu a recorrer à ajuda deles.

 

Estou a modos que...: revoltada
Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

Consciências dormentes...

Em relação ao meu post anterior a minha amiga virtual daplanicie deixou um comentário que me fez pensar um pouco e escrever um novo post. Não são só as mentalidades que estão adormecidas, como refere a minha amiga, são principalmente as consciências das pessoas que estão dormentes, alheias à dor dos outros e indiferentes ao que se passa com o vizinho do lado.

 

Todos os dias vemos nos notíciarios imagens chocantes de pessoas a morrer com fome, de mortos pelas explosões de homens-bomba, de mutilados pela guerra e por minas, por vezes abandonadas há décadas.

Enquanto isso, na nossa própria cidade, temos também os sem-abrigo pelas ruas, os pedintes no metro, há idosos que não podem comprar comida suficiente, quanto mais medicamentos...

Estes, estando muito mais perto de nós, têm mais hipóteses de podermos fazer algo por eles.

 

E todos somos culpados, porque poucos são os que fazem algo para mudar a situação e os que podem, não se interessam.

 

Há por aí muita gente que tem dinheiro e disponibilidade, que poderia ajudar instituições que se dedicam a fazer algo pelos desfavorecidos deste país. Contudo, preocupam-se mais em pensar no que vão vestir na festa da Fulana de Tal ou na recepção de Cicrano e Beltrano. A dor de cabeça de muitos tem a ver com dificuldade em arranjar tempo para passar a tarde no SPA, a arranjar-se e a pentear-se para estas festas, jantares e recepções.


A guerra e a fome têm sempre como objectivo encher os bolsos dos especuladores e dos que não têm escrúpulos. E isto passa-se à custa da vida dos mais desfavorecidos, seja qual for a raça, nação ou ideologia.
Além do aumento sucessivo do preço dos combustíveis (que tem influência em tudo na vida moderna) estamos também a assistir a uma escassez de cereais que provocou já um grande aumento dos preços do pão e do arroz, o que agravou imediatamente o problema da fome.

 

A este propósito veja este site e tente fazer o que estiver ao seu alcance para que as coisas mudem. Isto inclui-me!

 

 

Aproveite para meditar e seguir o exemplo da sabedoria milenar chinesa: "Antes de dar comida a um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-o a pescar."

Provérbio chinês
Domingo, 27 de Abril de 2008

Pensamento profundo do dia - Neutralidade é conivência

 

«Toma partidos. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o atormentador, nunca o atormentado.»

Martin Luther King

 

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