Sempre me ensinaram que a nossa liberdade termina no momento em que interferimos com a liberdade dos outros. "Nunca faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem", é o meu lema.
Em todos estes anos de liberdade, este povo não aprendeu que o respeito pelos outros é a base da confiança e das boas relações. Perdeu-se o respeito por tudo. Deixou de haver respeito pelos pais, pelos professores, pelos mais velhos e pela autoridade. Às vezes parece que se vive numa anarquia em que cada um faz o que quer e todos sabemos onde isso conduz: a governos repressivos e ditaduras.
A propósito dos crimes violentos (que têm aumentado recentemente), como o recente assalto ao BES que culminou na morte de um dos assaltantes e ferimentos graves no outro (ambos brasileiros), há pessoas que acham que estamos a tornarmo-nos xenófobos, pelo desfecho que teve este assalto. Há quem ache também que os criminosos são quase todos estrangeiros e que antes de termos cá imigrantes não havia crime em Portugal!
O que é um erro crasso.
Sempre houve crime em Portugal, só que agora adaptou-se às circunstâncias. Há cada vez mais estrangeiros no nosso país, explorados e com condições de vida deploráveis, pelo que não admira que muitos deles importem o crime a que estão habituados nos seus países, nomeadamente os assaltos a bancos, os sequestros e a extorsão.
Os assaltantes, ladrões e criminosos são criados por circunstâncias específicas: pobreza e miséria, falta de instrução, falta de acompanhamento dos pais, ou apenas falta de carácter e de escrúpulos... E isso há em todos os países e todas as nacionalidades. Só que em certos países em que a pobreza grassa (como o nosso), isso tornou-se muito mais evidente entre os imigrantes que são muito mais explorados.
Não sou apologista de prender os miúdos em casa e dar-lhes a educação que os nossos pais e avós tiveram. Mas um meio-termo seria o ideal. Aquilo a que assistimos é apenas um reflexo na nossa vida de vários factores, entre eles:
Cá em casa, temos tido uma vida difícil mas não andamos para aí a assaltar bancos. Eu e o meu marido, estivemos os dois desempregados ao mesmo tempo, mas não sequestramos pessoas, para tentar fazer uma fortuna sem trabalhar.
Sempre tive uma vida de dificuldades e com pouco dinheiro. Recentemente tive duas tendinites em ambos os ombros, ambas consideradas doença profissional devido ao trabalho que executava e, depois de 8 anos, fui despedida quando estava de baixa. Mas não desisti. Depois de muita fisioterapia e sofrimento, 70 currículos enviados e muitas dificuldades, arranjei trabalho.
O meu marido ficou sem trabalho depois de 17 anos numa empresa em que os administradores desapareceram e venderam a sua participação nessa empresa por 1 EURO! Após 2,5 anos, ainda está à espera da resolução no Tribunal do Trabalho e não viu um cêntimo do que lhe deviam!
Tenho um filho de 15 anos que vai agora para o 10º ano: tenho que o sustentar, dar-lhe educação, acabar de criá-lo e espero que ele vá para a universidade quando chegar a altura. Mas não vou roubar para que ele o faça. Que espécie de pais seríamos e que exemplo lhe daríamos, se fôssemos criminosos? Tentamos acompanhá-lo o melhor que podemos, ensiná-lo a defender-se do mundo e dar-lhe a educação que é essencial para levar uma vida honesta e íntegra.
O resto é com ele, é algo que vem de dentro, o seu carácter. E, pelo que conheço dele, vai ser como os pais: íntegro e honesto. Que pena que grande parte dos pais (em todo o mundo) se descartem daquilo que é fundamental: ensinar os seus filhos e dar-lhe educação.
A maior parte da população tem que viver com rendimentos muito baixos, ao nível do salário mínimo. Mas a cultura não depende do valor de um salário, depende do interesse que nós temos em aprender.
Todos sabemos que a vida é muito difícil para a maioria das pessoas. Isso é ainda mais evidente para quem, como eu, não nasceu em berço de ouro e tem a infelicidade de não ter uma saúde na qual possa confiar a 100%.
Eu sempre me interessei por tudo um pouco e isso teve muita influência na cultura que adquiri ao longo do tempo. Gosto de aprender, gosto de saber mais e mais. E isso é uma característica da qual nunca abdicarei.
Nunca fui uma pessoa que passasse os dias a ver programas do tipo "entretenimento fácil". Concursos, novelas, reality shows, na sua grande maioria são programas de "encher chouriços". São um desperdício do nosso tempo e de dinheiro de taxa televisiva.
Desde miúda, a minha principal fonte de cultura era a TV, numa época em que se aprendia muito com a televisão. Depois veio a leitura.
Hoje na TV temos novelas, futebol e concursos, na sua maioria para mentecaptos. O tempo para ler é cada vez menos, os trabalhos cada vez mais sobrecarregados devido às longas viagens de ida e volta, as crianças têm os horários escolares cada vez mais preenchidos e quando estão em casa só jogam na consola ou no computador.
A TV Cabo tem 50 canais do pacote mais comum e são poucos os que vejo. No entanto há canais que eu gosto: algumas séries do AXN, os canais nacionais de notícias, alguns programas do canal 1 e 2, o Discovery, o Canal História, o Odisseia... todos os que possa aprender algo, ou ver um filme interessante.
É por tudo isto que eu digo: a cultura não é um "bicho de 7 cabeças" ou um "papão". Não precisamos de achar que ser culto só está ao alcance dos ricos ou dos que puderam estudar. "Ser culto" não é um palavrão que as "tias" de Cascais usam.
Para sermos minimamente cultos temos que ser interessantes e interessados, saber ouvir, compreender, assimilar e aprender até morrer!
Podemos, e devemos, todos apoiar a nossa selecção mas sem sermos fanáticos. Há uma distinção entre ser adepto fanático e ser apoiante incondicional. Aliás, eu nem sequer ligo a futebol.
Continuando a linha de pensamento do post anterior com o mesmo nome, esclareço mais alguns pormenores sobre esta posição.
A minha ciber amiga daplanície colocou um comentário no post anterior sobre o exagero de notícias que cercam a selecção e o Euro 2008. Diz ela "Haja pachorra, até disseram no telejornal o que os jogadores comeram no avião!!" E tem toda a razão. Já deitamos notícias sobre o Euro 2008 pelos olhos, mesmo antes dele começar.
Como diz o Dr. Phil, nós é que ensinamos aos outros como queremos ser tratados.
Numa época de vida difícil, o povo português precisa de ter algo diferente em que se apoiar, então para não pensarem mais em desgraças, querem notícias sobre o Euro. Como a maior parte do nosso povo é pobre, ignorante e pouco culto, gosta de banalidades e é isso que as notícias reflectem.
Mas há mais nos noticiários do que futebol... eu cá, mudo de canal!
Os apoiantes, como eu, estão-se nas tintas para trivialismos. Desejam o sucesso da selecção, mas não deixam de viver a sua vida com normalidade. O exagero de notícias com banalidades e trivialismos sobre todos e mais alguns aspectos da comitiva da selecção, deixa-nos indiferentes, até mesmo arreliados. Mas podemos sempre mudar de canal de TV ou ler outra página do jornal.
Pelo contrário, os fanáticos exigem saber tudo. E como a nossa Comunicação Social prospera com as banalidades, revelam ao pormenor todos os aspectos, mesmo os mais insignificantes e até alguns que não deviam. Isto porque os fanáticos procuram desalmadamente tudo o que diz respeito ao seu fanatismo e, provavelmente, até querem saber que marca de papel higiénico os jogadores usam quando vão à casa de banho...
Mas é como vos digo. Apesar de não ligar nadinha a futebol, sou uma apoiante incondicional da selecção e dos atletas nacionais que são muitos e bons.
E aqui reafirmo a minha ideia principal: Haja alegria,
apoiem a selecção e sejam felizes...
sem stresse!
O apoio à selecção nacional, continua a verificar-se com o mesmo entusiasmo que no Euro 2004
Não vou aqui estar com demagogias.
A selecção nacional de futebol, desde que Luiz Felipe Scolari chegou, tem feito um trabalho extraordinário. É toda uma equipa de grandes técnicos, um grande treinador e excelentes futebolistas. Todos temos razões para nos orgulharmos deles.
Mas temos ainda mais razões para nos orgulharmos de nós próprios. Ao darmos o nosso apoio incondicional e efusivo à nossa selecção, estamos a contribuir com a nossa energia positiva para os seus bons resultados.
Todos sabemos que o Scolari e o Cristiano Ronaldo ganham milhões e todos os outros são extremamente bem pagos. Aquilo que alguns ganham num dia, nós não ganharemos numa vida de trabalho árduo. É indiscutível que se gastam fortunas, muitas vezes mal gastas, com entretenimentos que não contribuem em quase nada para melhorar o país, quando há milhões de pessoas em dificuldades e até a passar fome. Mas se querem continuar a contribuir para que estes atletas e técnicos ganhem fortunas incalculáveis, é só continuar a ir ao futebol e a encher estádios. Cada um gasta o seu dinheiro como quer.
É preciso não esquecer, no entanto, o prestígio que o país adquiriu e a admiração que no estrangeiro sentem pelo apoio e carinho que o nosso povo tem dado a esta selecção, que não se vê em relação à outras equipas participantes.
No Euro 2004, inicialmente as expectativas eram poucas, e foi o que se viu. Com o apoio de todos nós, chegámos honrosamente à final. O que só prova que, mesmo sem antecedentes de grande prestígio, podem fazer-se milagres. Tudo depende da nossa vontade, do nosso apoio, das nossas bandeiras penduradas e, principalmente, do nosso respeito.
No momento em que vai iniciar-se o Euro 2008, devemos lembrar-nos que, independentemente das nossas opiniões, estes atletas merecem o nosso apoio. Merecem, sobretudo o respeito de todos, se queremos atingir outra meta elevada.
Ganhar o Euro já não é um objectivo irreal, mas se não conseguirmos o que todos querem, que é trazer uma taça para casa, não vem daí mal ao mundo.
Apoiem a selecção e sejam felizes...
sem stresse!
Esta canção é brilhantemente interpretada, de tal modo que chega a arrepiar. A portuguesa quedou-se injustamente pelo 13º lugar no Festival da Eurovisão, realizado esta noite, há poucas horas, entre 25 finalistas. Este vídeo é da semi-final em que foi apurada.
Termos chegado à final já não é mau de todo, mas esta música merecia um lugar muito melhor.
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