Sábado, 9 de Agosto de 2008

Frustração do dia - "Nunca faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem"...

Sempre me ensinaram que a nossa liberdade termina no momento em que interferimos com a liberdade dos outros. "Nunca faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem", é o meu lema.

 

Em todos estes anos de liberdade, este povo não aprendeu que o respeito pelos outros é a base da confiança e das boas relações. Perdeu-se o respeito por tudo. Deixou de haver respeito pelos pais, pelos professores, pelos mais velhos e pela autoridade. Às vezes parece que se vive numa anarquia em que cada um faz o que quer e todos sabemos onde isso conduz: a governos repressivos e ditaduras.

 

A propósito dos crimes violentos (que têm aumentado recentemente), como o recente assalto ao BES que culminou na morte de um dos assaltantes e ferimentos graves no outro (ambos brasileiros), há pessoas que acham que estamos a tornarmo-nos xenófobos, pelo desfecho que teve este assalto. Há quem ache também que os criminosos são quase todos estrangeiros e que antes de termos cá imigrantes não havia crime em Portugal!

O que é um erro crasso.

 

Sempre houve crime em Portugal, só que agora adaptou-se às circunstâncias. Há cada vez mais estrangeiros no nosso país, explorados e com condições de vida deploráveis, pelo que não admira que muitos deles importem o crime a que estão habituados nos seus países, nomeadamente os assaltos a bancos, os sequestros e a extorsão.

 

Os assaltantes, ladrões e criminosos são criados por circunstâncias específicas: pobreza e miséria, falta de instrução, falta de acompanhamento dos pais, ou apenas falta de carácter e de escrúpulos... E isso há em todos os países e todas as nacionalidades. Só que em certos países em que a pobreza grassa (como o nosso), isso tornou-se muito mais evidente entre os imigrantes que são muito mais explorados.
 

Não sou apologista de prender os miúdos em casa e dar-lhes a educação que os nossos pais e avós tiveram. Mas um meio-termo seria o ideal. Aquilo a que assistimos é apenas um reflexo na nossa vida de vários factores, entre eles:

  • o aumento da liberdade;
  • a deficiência que certas pessoas têm em fazer uso dela;
  • a falta de valores; 
  • a falta de acompanhanento às crianças;
  • a educação demasiado permissiva.

 

Cá em casa, temos tido uma vida difícil mas não andamos para aí a assaltar bancos. Eu e o meu marido, estivemos os dois desempregados ao mesmo tempo, mas não sequestramos pessoas, para tentar fazer uma fortuna sem trabalhar.

 

Sempre tive uma vida de dificuldades e com pouco dinheiro. Recentemente tive duas tendinites em ambos os ombros, ambas consideradas doença profissional devido ao trabalho que executava e, depois de 8 anos, fui despedida quando estava de baixa. Mas não desisti. Depois de muita fisioterapia e sofrimento, 70 currículos enviados e muitas dificuldades, arranjei trabalho.

 

O meu marido ficou sem trabalho depois de 17 anos numa empresa em que os administradores desapareceram e venderam a sua participação nessa empresa por 1 EURO! Após 2,5 anos, ainda está à espera da resolução no Tribunal do Trabalho e não viu um cêntimo do que lhe deviam!

 

Tenho um filho de 15 anos que vai agora para o 10º ano: tenho que o sustentar, dar-lhe educação, acabar de criá-lo e espero que ele vá para a universidade quando chegar a altura. Mas não vou roubar para que ele o faça. Que espécie de pais seríamos e que exemplo lhe daríamos, se fôssemos criminosos? Tentamos acompanhá-lo o melhor que podemos, ensiná-lo a defender-se do mundo e dar-lhe a educação que é essencial para levar uma vida honesta e íntegra.

 

O resto é com ele, é algo que vem de dentro, o seu carácter. E, pelo que conheço dele, vai ser como os pais: íntegro e honesto. Que pena que grande parte dos pais (em todo o mundo) se descartem daquilo que é fundamental: ensinar os seus filhos e dar-lhe educação.

Terça-feira, 24 de Junho de 2008

Anúncios (sur)reais - Empregado procura-se...

Neste precioso anúncio do IEFP pedem uma secretária/administrativa, carregadinha de qualidades, para a "bela" cidade do Cacém (concelho de Sintra).

Não deixei de reparar que têm erros ortográficos. O facto passaria despercebido se não se tratasse de um anúncio onde pedem uma pessoa que não os faça, o que já de si não é um bom prenúncio. Mais o que mais chama a atenção é o salário oferecido: para um part-time de 4h/dia oferecem 213 euros/mês!

 

Estarão realmente convencidos que alguém vai responder a esta barbaridade? Será que não se enxergam?

Estou a modos que...: Revoltada!
Terça-feira, 3 de Junho de 2008

Anúncios (sur)reais - Empregado procura-se - Pleeease, gimme a break...

'Tão a gozar comigo, só podem estar...

Mais uma pérola de anúncio no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Pagam 600 euros a um tradutor, licenciado em Línguas e Literaturas Estrangeiras, com Português, Inglês e Espanhol muito bons! É para isto que os licenciados passam 16 anos a estudar???

 

Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

"Conta-me Como Foi" e conta-me como vai ser...

"A vida mudou tanto nestes últimos anos que tudo aquilo que foi natural para mim aos 16 (e está bem retratado em Conta-me), ao meu filho parece quase absurdo. A televisão a preto e branco, a hora de fecho de emissão (com o hino nacional e a bandeira ao vento), os telefones, a ausência de computadores, etc, etc, são coisas tão remotas que chegam a parecer primitivas. E, no entanto, passaram apenas trinta anos."

Palavras de Laurinda Alves no seu post sobre a série "Conta-me Como Foi".

 

Ver esta série do canal 1, cá em casa, também é uma tarefa obrigatória ao domingo.
Esperamos sempre ansiosamente as aventuras, desventuras e tropelias daquela família e os risos que advêm de assistir àquelas peripécias familiares. E tal como diz a Laurinda, também o meu filho, agora com 15 anos e fã da série, acha certas coisas difíceis de acreditar.
 

Como nasci no ano de 1964, na altura em que a série decorre eu tinha apenas 5 anos, portanto, os aspectos políticos da questão só me foram dados a conhecer após o 25 de Abril quando já tinha 10 anos. Mas lembro-me perfeitamente de viver naquelas condições, quase sem brinquedos, sem TV, sem máquina de lavar roupa e até sem frigorífico. A maioria destes electrodomésticos entraram na minha casa já eu andava na escola, pelos 7 anos.

 

Na altura as mães eram domésticas, modistas ou bordavam para fora. A instrução era pouca e o dinheiro menos ainda e os poucos privilegiados que tinham dinheiro para tudo o que queriam, tratavam os outros como escumalha.

 

Passados 40 anos, temos toda a tecnologia do mundo à nossa disposição, internet, trabalhos a 30 ou 40 km de casa, computador em tudo o que é sítio, mas somos, a maior parte, infelizes. Sofremos cada vez mais com problemas resultantes do stress, da falta de exercício, da vida extremamente agitada e difícil. Acentuam-se a obesidade, os problemas cardiovasculares e as depressões...

 

Estaremos muito melhor hoje?

A evolução que houve no campo da habitação, serviços de saúde, justiça, legislação de trabalho, ao longo das últimas décadas, está agora a ser travada e, novamente, só os ricos têm acesso a tudo com facilidade. Mais uma vez, temos que lutar contra o Estado e contra os patrões, para fazer valer direitos que estão na lei mas que os empregadores não respeitam.

 

Parece-me que está a voltar tudo ao mesmo! As pessoas começam outra vez a ter medo de falar por causa de represálias no trabalho e nos serviços públicos. Os desempregados são tratados como criminosos e os doentes de baixa ainda pior. Temos todos que saber mais do que os empregados dos balcões de serviços do Estado ou somos completamente ignorados.

 

Tirando a explosão de tecnologia, não mudámos assim tanto. Com a crise de combustíveis, a crise alimentar e as dificuldades que se avizinham, acho que a febre consumista vai levar um grande golpe.

 

Se não conseguirmos dar esta volta, a coisa vai ficar preta!

Terça-feira, 13 de Maio de 2008

Anúncios (sur)reais - Empregado procura-se...

A administrativa/recepcionista top model

 

Mais um "grupo empresarial de grande dimensão" que quer contratar uma pessoa que faça tudo (mesmo que não saiba nada) mas que, desde que tenha ar de modelo, ninguém vai notar a ineficiência.

A cachopa tem que ser jovem, bem apessoada, dinâmica e simpática. E claro está, tem que ser um borracho, porque o não envio da foto é factor eliminatório.

 

Qualquer um sabe que aos 36 anos já entrámos na 3.ª idade, no que toca a procurar trabalho. E quanto ao factor beleza, já sabemos que abre inúmeras portas. Nem sei porque se incomodam em pedir experiência. Quando ela andar a "abanar a anca" lá no escritório ninguém vai querer saber da experiência para nada!

 

Acho que vou responder a este. Envio uma foto de uma top model pouco conhecida de 20 e poucos anos (como aqui a Fernanda Motta do Brasil) e quero ver o que me respondem quando lá chegar com os meus 44 anos, 78 Kg e 1,56m de altura...

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